domingo, 10 de julho de 2011

A Disneylândia é aqui... na sala

Quando a criatividade substitui o dinheiro e os brinquedos mais caros.

Como acontece muitas vezes, eu estava sentada no computador da sala da casa da minha mãe, jogando paciência spider, e minha filha brincando no sofá, com seus brinquedos.
Vai tirando de dentro da estante um monte de bonecos: bonecas de pano (eu adoro e acho que ela também), a Minimim (uma bonequinha que é a cara da minha filha, por isso o nome), uma linda Minnie de vestido rosa com bolinhas brancas, o Leitão (aquele, do ursinho Puff, mas que, por ser todo cor de rosa, minha guria só chama de “Leitona”), uma Branca de Neve de pano, que eu comprei num artesanato, uma boneca “Meu Bebê” antiga, que era da minha avó (isso mesmo, da minha avó, e ela comprou depois de já ser avó!) e acho que haviam algumas outras, que nem cheguei a ver.
A conversa estava animadíssima entre “as gurias”! Um troca-troca de vestidos, de blusas, então comecei a prestar atenção no “evento”. Estava acontecendo uma eleição. Aparentemente estavam todas em uma sala de aula disputando o título de mais bela princesa (que também seria a ajudante da professora).
Princesa? Sim! Cada boneca era uma princesa da Disney! Uma bonequinha de pano com cabelos pretos era a Pocahontas, outra, de cabelo lilás, era a Bela Adormecida, tinha uma loirinha de chapéu que era a Cinderela. A Branca de Neve e a Minnie eram elas mesmas. Aquela arrumação toda era para concorrerem ao título e, olha só que surpresa, a eleita mais bela princesa foi... a “Leitona” (também no papel dela mesma!).
Em seguida, a “Leitona” teve que assumir o posto de ajudante da professora. E esta, vez por outra, esquecia quem havia sido escolhida para o cargo e pedia ajuda para outra aluna. Mas logo percebia o engano e pedia desculpas, ao que a aluna respondia “Não te m problema, eu ajudo!”.
Minha filha tem alguns brinquedos relativamente caros, mas são poucos, dentro de um universo de quinquilharias, muitos brinquedos muito baratos e uma infinidade de itens artesanais, que são os meus favoritos, pela arte que representam, pela originalidade, por remeter a um certo aconchego de antigamente e porque costumam ter um custo bastante acessível.
A brincadeira foi tão animada, tão divertida, fiquei me deliciando com o encanto do momento.
Minha filha ficou entretida durante horas nessa função e eu fiquei muito feliz com o que estava presenciando: a criatividade e a imaginação num sinergismo mágico em plena sala de casa.
Não é preciso muito dinheiro, nem brinquedos mega-caros!
Espero que, com o passar do tempo, ela possa preservar esta capacidade de improvisar, de inventar, de ser verdadeiramente feliz com aquilo que tem.

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